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Centro de Astrofísica da Universidade do Porto
O que é o Clima Espacial?

Uma das definições científicas de Clima Espacial é:

'Efeitos do Sol, vento solar, magnetosfera e termosfera, que podem afectar a tecnologia (quer no espaço como na superfície da Terra), além de por em risco a saúde ou mesmo vida Humana'.

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De uma maneira mais simples, é tudo o que tiver origem no espaço e poder afectar o nosso dia-a-dia. Nesta categoria inserem-se, por exemplo, o lixo espacial ou as chuvas de meteoros. Mas, sem dúvida alguma que o principal motor do Clima Espacial é a nossa estrela, o Sol.

As várias faces do Sol

Os tipos de emissão de energia solar que a maior parte das pessoas conhece (luz e calor), são relativamente inofensivos para os seres humanos. HÁ ainda os raios ultravioleta, que apesar de nocivos só provocam danos a longo prazo e não afectam em nada, por exemplo, equipamento electrónico.

Mas o Sol é bem mais complexo que do que a maioria das pessoas julga.

Fig.1

Ocorrem na nossa estrela fenómenos altamente energéticos, que podem provocar vários efeitos, uns espectaculares mas inofensivos, outros que podem afectar o nosso quotidiano e outros ainda que podem, em casos extremos, provocar morte imediata.

Flares

São os fenómenos energéticos mais violentos do Sol. Em poucos segundos, estas violentas explosões solares emitem energia correspondente a mil milhões de megatoneladas de TNT, o que é equivalente a 50 mil milhões de vezes mais energia do que a libertada pela explosão da bomba atémica em Hiroshima. Esta energia é libertada em todos os comprimentos de onda, desde o rádio aos raios gama.

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Proeminências Eruptivas

As proeminências no Sol formam-se quando, numa pequena parte da nossa estrela, as linhas do intenso campo magnético solar começam a ascender acima da superfície e formam um arco. O plasma solar é forçado a seguir essas linhas de campo, formando também um arco - as proeminências.

Quando a base de um destes arcos se quebra, ou o plasma volta a cair na nossa estrela, ou é libertado para o espaço sob a forma de uma proeminência eruptiva.

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Ejecções de Matéria Coronal

As Ejecções de Matéria Coronal (sigla inglesa CME) ocorrem quando uma 'bolha' do plasma solar, presa nas linhas do campo magnético, se expande até se separar do Sol. Ao contrário das proeminências, esta 'bolha' não perde estrutura enquanto viaja pelo espaço. Como são ejectadas em qualquer direcção, algumas destas CME dirigem-se para a Terra. Viajando a velocidades que variam entre os 200 km/s e aos 600 km/s, as CME demoraram entre 2 dias e uma semana a atingir a Terra.

Fig.1

Vento Solar

Uma das primeiras evidências deste misterioso vento originário do Sol veio do comportamento das caudas dos cometas, pois independentemente da sua posição, as caudas apontam sempre no sentido oposto ao do Sol.

O Vento Solar é um jorro de partículas electricamente carregadas altamente energóticas (principalmente protões e electrões) provenientes do Sol. Esta 'evaporação' tem origem na Coroa solar e é provocada pela alta temperatura desta camada, que fornece energia suficiente a estas partículas para elas conseguirem escapar à gravidade da nossa estrela. HÁ dois tipos diferentes de vento solar, o 'lento', que viaja a cerca de 300 km/s e o rápido, que é emitido a 800 km/s.

O Vento solar é emitido em todas as direcções e estende-se bem para lá da órbita de Plutão, até à Heliopausa.

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