Ao longo de décadas, diferentes grupos de investigação têm vindo a desenvolver modelos teóricos para descrever o interior das estrelas e a forma como estas envelhecem. Apesar de muito semelhantes nos seus aspectos mais gerais, estes modelos diferem entre si pela forma como descrevem alguns dos detalhes do interior, associados, em particular a fenómenos cuja descrição é relativamente complexa e ainda mal compreendida.
As observações do CoRoT permitirão testar e melhorar diferentes aspectos dos modelos teóricos que têm vindo a ser desenvolvidos pela comunidade científica. Desta forma, espera-se poder usar as estrelas como "laboratérios" para melhor perceber o que determina o seu funcionamento.
Para optimizar o retorno científico da missao é essencial fazer um estudo comparativo dos diverso modelos disponíveis, compreender as suas diferencas, testá-los com base em dados artificiais e optimizá-los com base nos conhecimentos já disponíveis.
Ao longo dos últimos anos, o grupo de asterossismologia do CAUP (que incluiu investigadores e alunos de doutoramento) tem vindo a trabalhar no desenvolvimento, comparação e adaptação de modelos teóricos que servirão de base á interpretação dos dados a obter pelo CoRoT. A equipa tem um co-investigador (CO) da missão CoRoT, nomeado pela Agência Espacial Europeia (ESA), cuja função é coordenar os esforços de uma equipa internacional envolvida na optimização dos modelos que serão usados para interpretar as observações do CoRoT. Esta tarefa iniciou-se em 2002 e será continuada mesmo durante o período de observações, já que se espera que as ferramentas usadas pelos astrónomos mudem rpaidamente à medida que as observações nos ajudam a melhor compreender o funcionamento das estrelas.