Uma nova era no estudo das estrelas
Os primeiros resultados obtidos pelo CoRot relativos estudo da actividade sísmica de três estrelas do tipo solar mostram que estas são um pouco mais quentes e maiores que o nosso Sol. Os corpos celestes apresentam ainda uma actividade na superfície, granulação, três vezes superior à do Sol e, cuja escala de tempo é três vezes mais elevada. Estes resultados permitem testar previsões de vários modelos teóricos que são importantes para a compreensão do fenómeno das oscilações nas estrelas e sua actividade. Estes resultados são apresentados na edição de 24 de Outubro da Revista Science, num artigo que conta com a participação de investigadores do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP). O CoRoT, é um observatório Europeu, construído pela Agência Espacial Francesa (CNES) em colaboração com a agência Espacial Europeia (ESA) e outros países. Foi lançado em Dezembro de 2006 e encontra-se em órbita polar a 897 km de altitude. Durante cada campanha de observação, com a duração máxima de 150 dias, o CoRoT observa simultaneamente 10 estrelas brilhantes para o estudo da sua actividade sísmica e 12000 estrelas menos brilhantes na busca de planetas extra-solares. O estudo sísmico das estrelas é hoje uma das poucas ferramentas capazes de dar aos astrónomos informação detalhada sobre o interior das estrelas. No entanto, as variações induzidas no brilho de uma estrela, da ordem de uma parte por milhão, são muito difíceis de detectar através dos observatórios na Terra. São necessárias longas campanhas de observação, para determinar com precisão as frequências de oscilação de uma dada estrela.
A partir da superfície terrestre os astrónomos enfrentam dois grandes problemas:
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